terça-feira, agosto 22, 2006
O cachorro, a mousse e a vizinha da tenda do lado que ligava para o "amigo" por volta da uma da manhã
A equipa do Magic Divers orgulha-se, principalmente, de duas coisas:
a) Falar com sotaque penicheiro
b) Pegar em coisas pequenas, transformá-las em acontecimentos de proporções épicas e passar quatro dias a moer o neurónio a todos os envolvidos.
c) Passar um fim de semana todo a rir.
OK, são três coisas. Sotaque penicheiro, aldrabar tudo e mais alguma coisa, rir c'mó cacete e mergulhar. Argh... quatro coisas.
Eu se fosse um gajo mais normalzito escrevia um comboio de texto a descrever o fantástico fim de semana que a equipa do Magic Divers passou a Armação de Pêra a mergulhar com a Dive Spot. Acontece que não sou. Por isso vamos aos acontecimentos do fim de semana que REALMENTE interessam.
Episódio 1 - O Cachorro
Quando se tem fome o melhor é comer-se qualquer coisa. E é bom que seja rápido, tanto do lado do consumidor como do fornecedor. Contrariamanete ao meu colega Magic Diver Tenenta Slave eu peço rapidamente o que quero. O Tenenta Slave demorou dois minutos e meio a pedir o pequeno-almoço na Pastelaria Fortaleza e foi logo chamado à atenção pela simpática empregada que convinha que ele pedisse "hoje" (rotfl). Ora eu no BoomBurger, para facilitar a vida a todos perguntei o que era mais rápido. Depois da jovem que estava a atender a malta ter rido na minha cara disse-me que o mais rápido seria um cachorro. Quarenta minutos depois ainda deviam estar a tosquiar o bicho. Claro que estando tudo à minha espera cancelámos o pedido e fomos à nossa vida.
Até aqui tudo normal.
Por motivos de força maior voltei para o parque de campismo sozinho. No dia seguinte circulava o rumor que eu tinha orquestrado o meu regresso mais tardio para me encontrar com a jovem do cachorro, ou seja, havia "lance". Apesar de ser sabido o meu interesse por fauna mais jovem, não vejo como é que chegaram a este brilhante conclusão especialmente depois da sujeita ter ficado bastante mal disposta comigo por eu ter ficado desagradado com os quarenta minutos de espera. Mas isso não interessa nada. A partir do momento que a equipa do Magic Divers diz uma patranha (por maior que seja) mais do que duas vezes, passa a ser uma verdade incontestável. Conclusão: Tive um "lance" no Algarve e não dei por nada. Siga... =)
Episódio 2 - A Mousse
Se no episódio anterior não havia motivos para se desconfiar de "lance", no Dossier "Músse com café moíde" não há lugar para dúvidas.
Local: Restaurante Miramar
Hora: De almoço
Depois de grande propaganda em torno da Mousse de Chocolate do Miramar, chegámos à hora da sobremesa e não havia mousses suficientes para todos os interessados. Nestes casos como é que se decide quem é que leva a Mousse e quem é que fica a olhar? Fácil: A tipa giraça ao nosso lado que até comentou quem gostava de Mousse fica com uma. Os outros... partilham todos uma.
Até aqui tudo normal.
O problema é que a equipa do Magic Divers, com os seus poderes para-anormais, detectou que havia aqui segundas intenções. Há sempre um olhar, um nível de atenção elevado ao acto de lamber a colher e, claro está, uma oferta de "café moíde" (usar sotaque penicheiro ou algarvio consoante os gostos) para polvilhar por címa da "músse" (mais uma vez com sotaque). AQUI HÁ LANCE!
Moral da história: A "giraça" teve um lance (e nem deu por isso), um membro do Magic Divers passou a ter um cunhado novo (o actual está meio avariado, por isso até dá jeito) e eu vou passar a mergulhar com desconto em Armação de Pêra.
Episódio 3 - A vizinha da tenda do lado que ligava para o "amigo" por volta da uma da manhã
Há gente discreta, e até acho bem que haja. Se toda a gente se comportasse como certos e determinados membros da Magic Divers team, era o descalabro. E se não fosse o elevado poder de observação aqui do "je", o maior lance do fim de semana teria passado despercebido.
Ora por volta da uma da manhã ouço falar muito baixinho. Hmmm... A vizinha da tenda ao lado estava ao telemóvel com alguém. Ligar para a família a estas horas, só se estiverem noutro fuso horário. Aliás, só há três horas possíveis para se ligar para a família: de manhã, de tarde e de noite (Um dia destes explico). Nunca à uma da manhã. SERIA LANCE? Só havia uma maneira de se saber. No jantar do dia seguinte, enquanto a vizinha da tenda do lado escrevia um SMS, saiu-me o seguinte comentário: "De facto mandar um SMS é mais discreto que ligar, e falar baixinho, à uma da manhã". A vizinha da tenda do lado corou mais depressa do que consegue limpar as algas do meu fato enquanto mergulho em Sesimbra. Cada um que tire as suas conclusões.
E é isto. Isto sim é que o que vai ficar para a posteridade relativamente ao fim de semana em Armação de Pêra. Ah, e os mergulhos foram porreiros =)