Magic Divers

Desde o advento do mergulho autónomo, lá para a década de 50 do século passado, que muito se tem evoluído no que respeita ao conceito dual entre as diversas problemáticas fisiológicas e a prática do mergulho recreativo.
No início, os fatos eram de lã impregnada de nafta (Que o digam os fundadores da BSAC) e nem sequer havia coletes, logo, era óbvio que o mergulho fazia mal à saúde.
Depois, até vieram as scooters, pelo que qualquer dia nem damos às barbatanas, por isso, hoje o mergulho recreativo é tido como adequado para quase toda a gente: cardíacos, homens em andropausa, mulheres em menopausa, homossexuais, bissexuais; trissexuais; animal lovers, midget lovers; diabéticos, e, até para loucos varridos, se não vejam-se os membros do Magic Divers.
A prova desta nova filosofia de interpretação da adaptabilidade do mergulho amador às diversas problemáticas da saúde, é a quantidade obscena de hipoglicémias que o nosso caro membro mais esbracejador do mundo, já teve até hoje.

No entanto, esta euforia leva indubitavelmente ao desleixe e à irresponsabilidade. O que se passou no passado Domingo é, no mínimo, de lamentar se não mesmo lamentável.
A nossa colaboradora “Miss Piggy”, sabendo perfeitamente que não se pode excitar (Excitar: Verb.., expressão que nada tem a ver com sexo aquático, até porque a Miss Piggy não é uma sereia, se bem que por vezes cheira como tal). Mesmo sabendo desta premissa, excitou-se a cada 10’’, ou seja, o intervalo de tempo em que apareciam bichos, no seu primeiro mergulho pós curso.
Resultado: Paralisia facial – Imaginem a figurinha a comer no “choco frito”, sorrindo para o garfo e para o guardanapo. O gajo que estava a servir, de tanto a ver a sorrir para ele, até lhe piscou o olho e escreveu, sub-repticiamente, o n.º de telemóvel no guardanapo que ela tinha cheio de maionese, blherckk.